O início da história e os primórdios da American Tobacco
O tabaco tem uma história longa e controversa na América. Embora seja comumente conhecido que os nativos americanos fumavam tabaco por séculos, descobertas arqueológicas recentes indicam que os humanos nas Américas começaram a usar tabaco já há 12.300 anos, milhares de anos antes do que foi documentado anteriormente.
Os primeiros produtores de tabaco no Vale do Delaware eram nativos americanos que o cultivavam para mastigar, fumar e para cerimônias culturais ou religiosas. O tabaco desempenhou um papel importante nas comunidades nativas e foi usado para fins medicinais, como o tratamento de dores de dente, dores de estômago e doenças significativamente mais graves, como a asma.
Em 1681, William Penn, um líder Quaker inglês e defensor da liberdade religiosa, fundou a Comunidade Americana da Pensilvânia. Ele supervisionou o crescimento e desenvolvimento da área, incentivando os colonos a cultivar para promover a estabilidade econômica dentro da colônia. Como resultado, a produção de tabaco tornou-se parte integrante da história do estado.
Nas Treze Colônias, onde o ouro e a prata eram escassos, o tabaco era usado como moeda de troca com os nativos americanos. Às vezes, era até usado para fins oficiais, como pagamento de multas, impostos e até taxas de licença de casamento. Essa prática continuou até o início do século 18, quando o uso do papel-moeda se tornou mais difundido.
O cultivo do tabaco na América levou a muitas mudanças. Durante os anos 1700, o tabaco era uma cultura muito lucrativa devido à sua alta demanda na Europa. O aumento do valor do tabaco acelerou o crescimento econômico na América. O cultivo do tabaco como cultura comercial marcou a mudança de uma economia de subsistência para uma economia agrária, que ajudou a construir muitas economias coloniais prósperas.
No entanto, a produção e venda em massa de tabaco desempenhou um papel essencial no comércio transatlântico de escravos, que viu o transporte forçado de milhões de africanos para as Américas. Pessoas escravizadas trabalhavam nos campos, muitas vezes em condições brutais, para cuidar das vastas plantações de tabaco que eram cultivadas com fins lucrativos. É essencial reconhecer isso, bem como os efeitos negativos à saúde decorrentes do uso do tabaco, ao examinar a história da produção americana de tabaco.
Em conclusão, a história do tabaco americano é um tópico complexo e cheio de nuances. Embora o tabaco tenha sido uma parte significativa da economia e da cultura dos primeiros americanos, seu legado teve consequências que continuam a ser sentidas hoje. Compreender a história do tabaco na América pode nos ajudar a apreciar o que há de bom, mas também a reconhecer seus aspectos negativos.